domingo, 14 de agosto de 2011

Brumas

E as brumas tem me rodeado, me envolvido e deixado meus dias mais cinzas. Alecrim me chama,mas não ouço seu chamado. Só sei que me chama porque compreendo um tico de leitura labial. rs Talvez os dias não estão tão inférteis como eu os julgo: Tenho chamado por Nossa Senhora Aparecida todos os dias. Quem sabe ela não se comove com meu lamento? Quem sabe depois da curva do rio não tenha um arco-íris e eu finalmente encontro meu pote de ouro? Falando em pote de ouro, acho que meus gnomos não gostam das mesmas coisas que eu: o marshmallow que dei pra eles continua intacto. Acho melhor não ficar improvisando e dar maçãs, mesmo. Disso eu sei que eles gostam.
Mas voltando às pseudo-lamentações: Uma coisa que aprendi é a não me lamentar. Sinto-me triste com situações, com palavras, mas não me lamento. Agradeço. Porque estou criando subsídios para minha evolução. Superação. Ação. Não sei quando. As brumas cinzas que me envolvem me impedem de saber. Talvez eu esteja querendo chegar em Avalon da mata atlântica e não me seja permitido, por hora. Eu, que já fui sacerdotisa. Eu, que já tive guerreiros pedindo minha bênção antes de batalhas. Eu estou me sentindo numa batalha perdida. Envolta em brumas, sem encontrar o caminho pra casa. Implorando pra Deusa Lua como nos ensinaram depois de Cristo. Clamar pela Senhora. Nossa Senhora. Aparecida. Talvez essa vida seja realmente como concluí em uma de minhas filosofações: Aprimoramentos para ser Divinos. Para sermos dignos.
Talvez eu esteja escrevendo besteira. Mas talvez eu esteja verdadeiramente sóbria.

Bem... Que eu atenda o meu Alecrim amanhã, já que hoje ouvi minha orquídea clamando por cuidados e não fui preguiçosa.

Que eu não me negligencie, amém.

Ps: saio da minha cama quentinha, sento no canto do quarto com o lap no colo para escrever este desabafo. São 1h e 8min da madrugada e mesmo aqui, no frio cinza das brumas, sei que há magia na dor e que vai passar.

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