quarta-feira, 20 de julho de 2011

A morte de todas as minhas plantas e o nascimento do meu Alecrim

Houve um tempo em que esta casa em que vivo era povoada de más energias e bravas invejas, que mataram inúmeras plantas. Desde meus cactos e suculentas até os tomateiros de Senhora minha mãe. Inveja brava que atingia primeiro os animais da casa, depois as plantas e por fim, nós mesmos. Tive que ameaçar infartar antes dos 30 pra dar cabo do "encosto vivo", que levou em suas sujas malas as almas dos meus cactos, suculentas, ficus, tomateiros e até a epilepsia da minha cachorrinha.
Mudaram-se os ares, comprei novas plantas e fiz um grande amigo: um pé de alecrim.
Este grande amigo curou-me triatezas infindáveis e depressão, quando aguei suas folhas na chaleira e ingeri de tempos em tempos. Tristezas, essas, que nunca mais voltaram. Afinal, ao menor sinal delas, Alecrim me diz: "Vamos, anda! Leve algumas folhinhas pra chaleira e sê feliz!"

Alecrim cria com suas raízes uma moeda de 5 centavos, das de cobre. O Alecrim da minha segunda mãe é quem transmitiu a mim e ao meu Alecrim esta forma de "dar cria" pro dinheiro.

Namastê, meus caros!

Proteções

Nunca entendi muito bem o porque de algumas pessoas me "reverenciarem" e não entendo até hoje. Fico me perguntando se não é somente respeito pelas entidades e elementais que me rodeiam e protegem. Sempre soube que sou rodeada de fadas. Elas sempre me protegem e muitas vezes, me "escondem" do perigo com um manto de invisibilidade. Isso realmente explica o porquê de eu nunca ter sido assaltada em minhas andanças noturnas no período que morei em São Paulo. Tem gente que diz que quando mergulhamos na madrugada das grandes cidades, estamos "chamando" o perigo. No meu caso, creio que eu o repelia, porque olha... rs O que eu andei na madrugada de Sampa só Deus sabe... rs Deus e minhas fadas, que me esconderam inúmeras vezes. rs
Tem um causo que lembro-me bem e que tenho que contar. rs Foi em uma festa, não posso descrever e não posso citar nomes. rs Uma certa "rival" tentou me provocar e me atingir, no auge da ignorância de sua verruga na ponta do nariz. (sim, isso é sério. rs)
Tentou, tentou, insistiu. Não caí na dela, não me rebaixei ao nível dela, não desci do salto. Sorri, somente. Lembro-me que ela tinha uma camera fotográfica super moderna da época, no início das câmeras digitais, quando as mesmas custavam uma fortuna.
Ela me provocou tanto, eu ignorei tanto que minhas fadas não se aguentaram: desapareceram com a câmera digital ultra moderna da moça. rs Quando me contaram que a câmera dela havia sumido, escutei a risada das minhas fadas e não me aguentei: ri junto. rs Vou fazer o que, brigar com as minhas fadas? rs

É por isso que quem avisa, amigo é: Não tentem me atingir, que por aqui a defesa é brava. rs

Uma amiga minha que também "enxerga" as coisas uma vez me disse que além das fadas, há uma mulher alta de branco comigo. E um ser baixinho, que ela não conseguiu me descrever porque ele não deixou. Toda vez que ela tentava me dizer como que ele era, ele fazia ela rir e ela não conseguia. rs Então não sei dizer se é um anão ou algum outro ser, porque esse eu não vi. rs

Bom, também tem gnomos pela minha casa. Uma vez vi um gnomo filhote, me observando, enquanto eu estava lendo, sentada na minha cama. Quando ele viu que eu o vi, ele fugiu. Só aí reparei que deixei uma maçã na penteadeira e que provavelmente o gnomo estava querendo-a. Pesquisei sobre o assunto e descobri o seguinte: Quando ofertamos algum tipo de alimento sólido para elementais ou outros espíritos, se o alimento seca ou murcha é porque o elemental aceitou o alimento. Quando apodrece ou cria mofo é porque ele não aceitou ou não gostou do que lhe foi ofertado. Dia desses dei duas balas pros gnomos. Uma derreteu, a outra mofou. Aí limpei o "pratinho", que no caso, uso uma concha parecida com a vieira como pratinho e dei um marshmallow, já que u AMO marshmallows. rs Vamos ver se desse, o gnomo gosta.

Num outro dia, numa outra hora, mais causos dos meus elementais e protetores.

Namastê, meus caros!

"Dona" Maria

Quem vê a foto que repousa sobre o porta retrato de metal, logo me pergunta: Onde você tirou essa foto com cara de antiga?
Acabo por explicar que aquela é minha avó Maria no auge dos seus 19 anos, com minha tia mais velha no colo e o meu vô Manoel ao lado, em sua pose de patriaca da família.

Todos se surpreendem com a resposta, e alguns realmente não acreditam quando explico, devido à incrível semelhança física entre eu e minha falecida avózinha, a quem carinhosamente chamo de "Dona Maria". Parecemos gêmeas. Se ela não tivesse falecido quando eu tinha sete anos de idade, talvez pudessem jurar que eu sou a reencarnação dela. rs. São somente os genes lusitanos, pessoas, nada mais. rs Talvez, almas ancestrais demais.

Dona Maria foi-se para o outro mundo quando eu tinha somente sete anos. Mas lembro como se fosse ontem. Todas as poucas lembranças que tenho dela me são vívidas na mente, como se eu as revivesse toda vez que estas lembranças retornam.

Conforme os anos se passaram, e histórias pós-mortem me foram contadas, parece que novas lembranças surgiram, ou talvez foram por mim criadas.

Dona Maria, mãe de sete filhas, o oitavo, Manoel Lúcio, faleceu ainda bebê. Profissão: mãe. Somente quando o marido se acidentou no seu trabalho de estivador é que ela saiu pra trabalhar para poder sustentar a casa. Recrutou as duas filhas mais velhas para trabalharem também. As mais novas, ficavam em casa, cuidando umas das outras. Nessa época, minha mãe nascia. Não me foi explicado se minha mãe, ainda bebê, ficava em casa aos cuidados das irmãs ou se ia "trabalhar" com a mãe. Só me foi explicado que meu vô só saiu do hospital quando minha mãe já tinha 6 meses de idade, e que mesmo em casa, meu vô continuava acamado.

Dona Maria morava num chalé no morro, com árvores no quintal, um terreno próprio ao lado com coqueiro, bananeira, mangueira e a inesquecível caramboleira. Tinha ervas plantadas e criava galinhas. Sua mãe era católica e levava suas filhas todo domingo à missa. Ela, porém, aprendeu o segredo das ervas com sua madrinha. Curava sapinho das crianças das redondezas com uma mistura de cinzas e azeite de oliva. Benzia e fazia uso de suas ervas. E cozinhava coisas mágicas, que ninguém da família soube fazer igual, mesmo seguindo a receita à risca. Suas especialidades (pelo menos pra mim) eram Canja de galinha e sagu de vinho. Eu me deliciava. Tenho poucas lembranças dela, mas lembranças que me mostraram quem sou. E sim, também tivemos diversos contatos pós-passagem que contarei mais pra frente. Dona Maria usava vestidos na altura do joelho, em sua grande maioria costurados por uma de suas filhas, a mais talentosa pra costura: Teresa. Dona Maria também usava brincos arredondados de ouro, e não os tirava da orelha. Gostava de perfumes de alfazema. Tinha belas rugas e era um pouco corcunda. Tinha uma serenidade no olhar e um sorriso de canto de boca mágico. Lembro-me de uma vez, presenciar a feitura de seu coque. Ela tinha cabelos longuíssimos, com poucos fios brancos, no auge de seus sessenta e poucos anos. E prendia-os num coque perfeito. Num fim de tarde, acompanhava-a no jardim de sua casa. Ela soltou os cabelos para refazer o coque. Refez-os num belíssimo ritual, com grampos na boca e olhares sorridentes endereçados a mim. Talvez achando graça da curiosidade da neta baixinha, olhando pra cima, pra senhora alta enrolando seus cabelos num coque no topo da cabeça. Lembro do sol batendo no pinheiro. Lembro do sol do sorriso dela. Talvez foi essa lembrança que me fez passar a usar coque. Uso-os a muitos anos e nem me recordo mais quando comecei a usá-los. E todos na família dizem que ao prender o cabelo em coque, fico mais e mais parecida com Dona Maria. Minha vó benzedeira. Minha gêmea. Minha senhora.

Escreverei mais sobre ela numa outra hora... :) rs

Namastê, meus caros!

O amor que nos move

Tempos atrás, eu havia guardado todas as poções e pantáculos, ensinamentos mágicos e afins num baú dentro de mim. Pensei até que tinha se perdido, junto com a minha fé.

Todos os meus livros ficaram guardados por muito tempo. Conheceram a poeira e a escuridão. Eis que então, minha intuição que jamais falha, disse-me que pessoas que amo estavam em apuros, sendo atingidas por algum baixo de espírito com meia dúzia de artifícios mágicos embaixo do braço.

Recorri aos meus santos, anjos, deuses, ao amor e a fé, que ressurgiu prontamente para auxiliar meu próximo. Ah, fé... essa que se esconde mas que sempre está lá quando precisamos...

Abri minha caixa de livros, pesquisei, selecionei, adaptei e fiz. Neutralizadores de feitiços, artifícios mágicos e más energias. Coloquei o nome deles. Adaptei pedras de ônix como telerradiadores.

Minha mãe/amiga/irmã Cigana ajudou, meu Pai Sagrado Coração de Jesus abençoou.
Responder ao ódio com amor.


E nessa busca por proteção dos meus, descobri novos amigos. Obá, com suas batalhas vencidas na África, a mulher que defende as mulheres de injustiças, a mãe e amiga das oprimidas.

"...
Conta-se que, após vários dias de batalha, estando os orixás liderados por Ogum e Oxalá, fragilizados pela guerra, Obá não se contentando em reunir apenas as mulheres de seu tempo, convocou todas as fêmeas do mundo animal. Ao ver Obá chegar rodeada de animais, aquela guerra foi vencida porque os inimigos fugiram de seus postos. "

Quem quiser saber mais sobre essa Mãe que nos protege, Obá, clique AQUI para conhecer o blog do Vilson, que foi de onde tirei esse trechinho e conheci essa Senhora amiga...

Portanto, Obá se apresentou para a batalha, em vista de uma das pessoas que estava sendo atingida ser mulher.
Como não sou mulher de achar que tudo é "acaso", acatei a "aparição" da Senhora Obá em minha pesquisa virtual sobre deusas femininas protetoras das mulheres batalhadoras. E Obá, prontamente, se dispôs a me ajudar.

Meus artifícios mágicos para proteção ainda não foram todos efetivados, falta justamente conversar com Obá formalmente em um ritual que irei fazer para afastar o "malfeitor" da vida dessa mulher amiga e de sua cria.

Com tudo isso, concluí que o amor que me move em proteger os meus é o mesmo amor que moveu a Cigana a estar ao meu lado e ser padroeira do meu relacionamento. E agora, Obá se apresenta para liderar a batalha contra agressores de mulheres, auxiliando-me nos rituais e mostrando-me o que fazer.

A voz... a voz que Elas utilizam-se é justamente a voz que vive nas mulheres: intuição. E a força que As move é justamente o AMOR que me move a proteger meu amado e minha segunda mãe.

Uma grande amiga e taróloga, que aqui chamarei de Mar, quando abriu o tarot pra mim no início de 2010, disse-me que ele estava chegando (meu amor) e que eu deveria encontrar a minha "mãe", ou seja, as divindades femininas, já que sempre fui devota do Sagrado Coração de Jesus e que de Pai eu já estava bem. rs Neste mesmo dia, ela levou-me para fazer uma oferenda à Cigana, que desde então, tornou-se muito próxima de mim, fazendo-me usar até coisas douradas e vermelho. rs Coisa que eu, como Filha da Lua que sou, nunca me senti bem. Talvez a Cigana tenha me tirado da sombra da Lua e apreentado-me ao Sol, já que depois dessa "conversa" que eu e Mar tivemos com a Cigana, tudo passou a fluir mais levemente na minha vida. Prometi pra Cigana que iria fazer um altar pra ela e o fiz. E é com ela que tenho conversado a respeito das dificuldades, que parecem estar se esvaindo. E agora, na minha busca por proteção dos meus, encontro com Obá, na beira do riacho, pronta pra guerra. Sempre me identifiquei com guerreiras, porém, devido à minha raiz Madeirense, busquei sempre as Amazonas. Mas Obá surgiu no meu caminho como uma mãe defensora. Sei que não estou negando minhas "raízes", afinal, minha raiz é a Terra. E da Terra, a Grande Mãe, vem todas as mães, as guerreiras e os alimentos que nos provém. Obá segue comigo junto com a Cigana. Sagrado Coração de Jesus abençoa, ao lado do Grande Nêutron. rs Pra quem ainda não tinha encontrado uma "Mãe"... rs Agora tenho duas. rs

E vamos que vamos, pra batalha, armadas com amor e garra,proteger nossos amados, porque ninguém vai destruir o que semeamos: amor e família.

Namastê, meus caros!

Reverências, povo das fadas!

Reverências, caríssimos!

Sou bruxa, filha da lua e talvez, uma bruxa hereditária.
Neste blog revirarei as entranhas do tempo para contar-lhes sobre minhas experiências, o que eu sinto, penso, vejo e aprendo...
Pitadas de "imaginário", ervas, hermetismo, fadas, gnomos e afins. Dedinhos de prosa, mistura de cores e sabores, caminhos trilhados, linhagens relembradas, rasgos em universos paralelos, histórias, causos.
Por onde andei, passei, fiquei, me deixei, me retirei. Tudo é válido.

Tudo vale a pena, quando a alma não é pequena.

Namastê, meus caros!